quinta-feira, 31 de julho de 2008

Hipácia de Alexandria
Falecida provavelmente em 415 d.C., foi filha do matemático e astrônomo Teón de Alexandria, e deixou alguns títulos de suas obras como Comentário a Aritmética de Diofanto, Sobre as cônicas de Apolonio e Corpus Astronômico. Estudou as obras de Platão e Aristóteles e tentou aplicar o raciocínio matemático ao conceito neoplatônico de Uno.
Pagã e partidária da distinção entre filosofia e ciência, tinha prestígio político e acadêmico em Alexandria. Perseguida pelos cristãos, que a acusavam de perseguição, foi agredida e assassinada na rua por um grupo de fanáticos liderados por um religioso chamado Pedro. Hipácia representava a antiga tradição egípcia e grega de sabedoria feminina que competia com as autoridades religiosas da época que começavam a impor uma nova cultura: as mulheres não tinham mais direito de falar em assembléias e nos cultos e cada vez menos podiam ensinar nas escolas. (conf. Hypatias’s Daughters, de Linda Lopez MacAlister).

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