quinta-feira, 31 de julho de 2008

Louise Labé

Nasceu em 1524 e filha de um rico cordoeiro, Louise recebeu uma ótima educação, muito acima de qualquer outra da época. Aos 16 anos se vestiu de homem para participar de debates, acompanhando seu amante ao cerco de Perpignan. Anos depois, novamente travestida, participou de um torneio de esgrima em Lyon.
Em 1550 resolvel casar-se com um rico cordoeiro, como foi seu pai. Em sua mansão, deu grandes recepções para a burguesia, e quando o marido morreu, voltou a ter aventuras amorosas.
Suas obras sempre estavam envolvidas com o amor(paixão sensual e ardente), e sempre defendendo o feminismo.
LouiseLabé foi poetisa discípula do poeta napoleônico Maurice Scevé. Casada sem filhos, se dizia uma mulher de costumes liberais. Escreveu Sonetos e Debate sobre Loucura e Amor. Na dedicatória desse livro, Labé escreveu uma espécie de manifesto a favor do feminismo, como por exemplo, o direito das mulheres a ciência e outros conhecimentos... escreveu também Élégies.
Em uma carta de Louise para sua amiga, Mademoiselle, Louise mostra o que pensa:
“É chegado o tempo, Mademoiselle, em que as leis inflexíveis dos homens não mais impedirão as mulheres de se devotarem às ciências e disciplinas; parece-me que aquelas que forem capazes, irão empregar esta honrada liberdade, a qual nosso sexo outrora tanto desejava, em estudar estas coisas e mostrar aos homens o mal que causaram em nos privar do benefício e da honra que poderiam nos advir. E se alguém chega ao estágio no qual seja capaz de pôr suas idéias no papel, deveria fazê-lo com muito intelecto e não deveria desprezar a glória, mas adornar-se com ela antes do que com correntes, anéis e roupas suntuosas, as quais não podemos considerar realmente como nossas exceto pelo costume. Mas a honra que o conhecimento nos trará, não nos pode ser tomado – nem pela astúcia de um ladrão, nem pela violência de inimigos, nem pela duração do tempo.”
A carta mostra claramente que ela estava mesmo muito confiante que um dia as mulheres chegariam a ter os mesmos direitos que o homem.
Morreu no ano de 1566.

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